segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Cidade de Vidro, de Cassandra Clare

Cidade de Vidro (Os Instrumentos Mortais #3)Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Ano de lançamento: EUA: 2009 – BRA: 2011
Título original: City of Glass: The Mortal Instruments
Número de páginas: 476
Outros livros da série: Cidade dos Ossos; Cidade das Cinzas; Cidade de Vidro; Cidade dos Anjos Caídos; Cidade das Almas Perdidas; Cidade do Fogo Celestial

Aviso: esta resenha contém spoilers dos livros anteriores

Nesse terceiro volume de Os Instrumentos Mortais, Clare mostrou mais uma vez toda a sua capacidade de surpreender os leitores e fazer-nos ficar grudados ao livro horas a fio, dedicando a maior parte do nosso dia a leitura dessa maravilhosa e espetacular série, recebendo em troca todos os sentimentos que suas palavras são capazes de provocar.
Se ainda restava alguma dúvida de que a Cassandra era realmente formidável, ela se foi pelo ralo assim que virei a última página e relutantemente fechei o livro, com uma mistura de felicidade, tristeza e apreensão. Como não se sentir assim depois de ter acompanhado a vida de personagens tão reais e de repente se dar conta que eles foram arrancados bruscamente de você, embora você não quisesse abandoná-los? A conclusão de uma série, ou mesmo de um único livro, é algo pelo que esperamos e tememos. Por mais que queiramos saber como tudo acaba, não queremos que acabe, afinal.
Embora Cidade de Vidro não seja exatamente o final da série, não há dúvidas de que ele é o fechamento de um ciclo. E após concluir sua leitura, por algum tempo me senti como se tivessem me oferecido uma droga, que eu a tivesse consumido até viciar, e que, de repente, ela tivesse acabado, causando abstinência e todos os problemas que surgem com ela. Esse é o único problema de ser viciado em livros: depois que um dos seus favoritos acaba, você se sente vazio e por um instante acha que nenhum outro será capaz de substituí-lo e tapar o buraco emocional que a leitura do último parágrafo da obra deixa em você.
Cidade de Vidro é repleto de emoções do início ao fim, sem exceções. Não apenas batalhas épicas, mas também revelações estarrecedoras que, como o próprio nome já diz, é capaz de deixar qualquer um realmente estarrecido (Quem ainda fala estarrecido?, perguntaria Clary se ela estivesse lendo esse post). Para começar, sabemos como a misteriosa mulher que aparece no final de Cidade das Cinzas pretende ajudar Clary a acordar sua mãe. Para isso, a jovem Caçadora de Sombras precisa ir à Alicante e procurar por Ragnor Fell, um poderoso feiticeiro que terá um papel importante no que diz respeito a acordar Jocelyn do coma magicamente induzido que perdura desde o primeiro livro da série.
Para chegar à Idris e, mais especificamente, à Cidade de Vidro, Clary terá de enfrentar alguns problemas e imprevistos pelo caminho. O primeiro deles é Jace, que, por algum motivo, não quer ver a irmã em Alicante. Com a ajuda de Simon, ele põe em prática um plano para impedir que Clary utilize o Portal. Dando certo ou não, isso já não importa mais, uma vez que o Portal criado por Magnus no Instituto tem de ser fechado antes de sua passagem, o que deixa a ruivinha furiosa. Desse modo, ela terá de utilizar seus poderes para criar o próprio Portal, o que já é perigoso o bastante mesmo sem mencionar que utilizar um Portal por si só e tentar invadir o lar dos Caçadores de Sombras é um crime perante a Clave. E ser filha do maior inimigo desses seres torna tudo ainda pior.
A busca de Clary por Ragnor Fell e seu desejo incessante de acordar sua mãe não é a única parte do enredo. Ao mesmo tempo em que ela corre contra o tempo, Valentim planeja os últimos detalhes do extermínio de sua própria raça, embora ainda procure outra forma de mudar a Clave sem ter de matar todos os Caçadores de Sombras do mundo. Estes, por sua vez, se reúnem em Alicante para os últimos preparativos para a batalha final.
Mas os Shadowhunters não serão capazes de vencer sozinhos, pois o exército de Valentim está mais que preparado par destruí-los. Dessa forma, a única maneira de existir a possibilidade de uma vitória é juntando suas forças com os membros do Submundo, que são proibidos de se aproximarem das redondezas da cidade. Será que um inimigo em comum será motivo o bastante para unir as raças e deixar as diferenças de lado? Ou a Clave irá se render a Valentim e abdicar de seus poderes, simplesmente por mero orgulho?
Sendo o melhor livro da saga até agora, Cidade de Vidro fecha com chave de ouro a primeira parte da série, causando uma sensação de êxtase nos leitores. Não apenas um livro de fantasia, mas a melhor parte de um mundo desconhecido e inexplorado até então.




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