Editora: Record
Ano de lançamento: EUA: 1976
– BRA: 2006
Título original: The Education of
Little Tree
Número de páginas: 256
É quase
impossível imaginar que a história de um indiozinho cherokee de 5 anos possa
ser tão divertida e estar tão cheia de reflexões sobre a humanidade, quase
sempre incluindo a natureza, como acontece em O Aprendizado de Pequena Árvore. A obra tem um quê de inocência –
pelo fato de ser narrada em primeira pessoa pelo garotinho – que dá uma veracidade
a mais ao texto, deixando-o mais agradável de ser lido.
Os ensinamentos
de vida de Pequena Árvore começam quando ele perde seus pais e, por isso, vai
morar com seus avós. Simples assim, mas a narrativa trata de uma história surpreendentemente
tocante, capaz de surpreender até mesmo o mais seleto dos leitores. Verdades
sobre a natureza e os animais, e como é a real vida de um índio cherokee – muito
diferente de tudo o que muitos imaginam –, é mais ou menos sobre isso que o
livro trata. Do preconceito sofrido pelo fato de serem índios a como é a vida
nas montanhas, o que eles precisam fazer para sobreviver à Depressão dos anos
1930 e como funcionava o negócio de uísque naquela época – tudo tratado de um
modo tão interativo que se torna cativante, convidando o leitor a fazer,
temporariamente, parte dessa pequena história.
Não há muito o que dizer sobre a obra, pois
só lendo para saber do que realmente estou falando. À primeira vista, a
história não parece grande coisa e não aparenta guardar grandes surpresas. E é
isso mesmo – ela não guarda, mas não deixa de ser reflexiva e estar repleta de
quotes que, sem dúvidas, merecem uma atenção especial. Isso sem mencionar Vovô,
um idoso pra lá de divertido e que não é lá muito fã de palavras... resumindo:
personagens cativantes e só elogios para as pequenas histórias contadas ao
longo da obra, além de pequenos e raros poemas, aparentemente escritos pelo próprio
autor.
Portanto, se
tiver a oportunidade de lê-lo, não deixe passar. Compre-o ou, se preferir,
procure-o em alguma biblioteca pública, talvez você tenha a mesma sorte que eu
tive e possa conhecer um pouco mais sobre a vida de Pequena Árvore. Quem sabe
assim você possa explorar, juntamente com ele, algumas montanhas americanas,
oscilando em momentos de profunda alegria e sentimentos indefinidos, causados
pelas palavras de Forrest Carter.
Não deixe passar, pois trata-se de um livro que deveria ser lido por todos.
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