Editora: Seguinte
Ano de lançamento: EUA e BRA: 2014
Título
original: The One
Número de páginas: 352
Outros livros da série: → A Seleção; → A Elite; → A
Escolha
Aviso: esta resenha
contém spoilers dos livros anteriores
America,
America... tenho certeza de que você não esperava que sua vida mudasse tanto em
tão pouco tempo. Quero dizer, você sonhava em guardar dinheiro para se casar
com Aspen e viver uma vida feliz, embora simplória, na casta Seis. Queria
acordar ao lado dele todas as manhãs e ser surpreendida quando ele se levantasse
mais cedo para fazer café e servi-la na cama. Queria ser sempre agraciada com o
ar de sua presença e beijar aqueles lábios, enrocar-se em seus braços e se perder
completamente em seu cheiro... Queria. Agora, isso está tão longe da sua
realidade quanto Marlee voltar para o concurso a pedido do próprio Rei
Clarkson. Em outras palavras: inalcançável.
A vida no
palácio dos Schreave ultimamente tem oscilado entre bailes luxuosos e ataques
rebeldes. O resultado desses ataques? Bem, um palácio destruído e uma cena de
pós-guerra, mais parecendo... um cenário de pós-guerra mesmo. Aliás, levando em
conta tudo o que acontece – rebeldes x soldados – pode-se dizer que aquele é
realmente o resultado de uma guerra. Uma guerra travada contra o rei, a rainha,
o príncipe e as quatro Selecionadas remanescentes. O que já é o suficiente para
fazer algumas delas repensarem sobre a possibilidade de ser princesa –
conseguiriam viver em um lugar que já não é mais seguro? Mesmo com as dezenas –
centenas, talvez – de guardas espalhado por ali, os rebeldes nortistas e
sulistas sempre encontram uma forma de entrar no palácio e quebrarem tudo o que
veem. Um desses grupos, porém, vai além: não só quebra tudo, como mata algumas
dúzias de soldados e criados. Nessas horas, os esconderijos secretos são a
salvação de todos os “mais importantes”, de acordo com o rei.
America ainda
está descontente com o sistema das castas e o modo como as pessoas da Seis,
Sete e Oito vivem – têm de sobreviver às condições sub-humanas e à exclusão do
restante da sociedade. E essa nova forma de governo talvez seja o motivo desses
ataques. Por que não acabar com tudo e viver uma vida pacífica? Ambos os lados
se beneficiariam com isso... mas o rei não está nem aí para os pobres e para
quem não faz parte da família real. Ele em primeiro lugar. O palácio em segundo
lugar. Riquezas em terceiro lugar. Aparentemente, essas são as coisas mais
importantes para ele. Ter nascido filho de um Sete ou Oito é pura falta de
sorte e não lhe diz respeito, logo, esses não são problemas com os quais ele
tem de lidar. Mesmo assim, uma das Selecionadas está disposta a enfrentá-lo, e
sua identidade já não é segredo para mais ninguém – pelo menos não para quem já
leu os dois primeiros livros da trilogia.
Agora, alguns
obstáculos de America Singer já ficaram para trás – 31 garotas foram embora,
ela está quase certa de que não ama mais Aspen e Maxon já se rendeu ao seu
charme. No entanto, como sua vida é feita de complicações – diferentemente da
nossa, que é feita de escolhas – uma Selecionada em especial ainda tem
potencial para tirá-la da competição e fazê-la voltar para casa sem a coroa que
ela tanto despreza. Kriss assumiu um lugar de destaque no palácio, o bastante
para ser a Escolhida. Tudo o que resta a America é lutar por Maxon com todas as
suas armas, na esperança de recuperar o tempo perdido. Afinal, sua chance de se
tornar princesa foi desperdiçada pela própria lá nos primeiros dias da competição,
quando ela decidiu ser apenas amiga do príncipe e não ter qualquer outro tipo
de relação com ele. O arrependimento já está começando a surgir, e tanto ela
quanto sua família esperam que já não seja tarde demais. Às vezes, algumas
escolhas não podem ser desfeitas. E ela espera que esta não seja uma delas.
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