segunda-feira, 23 de março de 2015

A Escolha, de Kiera Cass

A Escolha (A Seleção #3)Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano de lançamento: EUA e BRA: 2014
Título original: The One
Número de páginas: 352
Outros livros da série: A Seleção; A Elite; A Escolha
Aviso: esta resenha contém spoilers dos livros anteriores

America, America... tenho certeza de que você não esperava que sua vida mudasse tanto em tão pouco tempo. Quero dizer, você sonhava em guardar dinheiro para se casar com Aspen e viver uma vida feliz, embora simplória, na casta Seis. Queria acordar ao lado dele todas as manhãs e ser surpreendida quando ele se levantasse mais cedo para fazer café e servi-la na cama. Queria ser sempre agraciada com o ar de sua presença e beijar aqueles lábios, enrocar-se em seus braços e se perder completamente em seu cheiro... Queria. Agora, isso está tão longe da sua realidade quanto Marlee voltar para o concurso a pedido do próprio Rei Clarkson. Em outras palavras: inalcançável.
A vida no palácio dos Schreave ultimamente tem oscilado entre bailes luxuosos e ataques rebeldes. O resultado desses ataques? Bem, um palácio destruído e uma cena de pós-guerra, mais parecendo... um cenário de pós-guerra mesmo. Aliás, levando em conta tudo o que acontece – rebeldes x soldados – pode-se dizer que aquele é realmente o resultado de uma guerra. Uma guerra travada contra o rei, a rainha, o príncipe e as quatro Selecionadas remanescentes. O que já é o suficiente para fazer algumas delas repensarem sobre a possibilidade de ser princesa – conseguiriam viver em um lugar que já não é mais seguro? Mesmo com as dezenas – centenas, talvez – de guardas espalhado por ali, os rebeldes nortistas e sulistas sempre encontram uma forma de entrar no palácio e quebrarem tudo o que veem. Um desses grupos, porém, vai além: não só quebra tudo, como mata algumas dúzias de soldados e criados. Nessas horas, os esconderijos secretos são a salvação de todos os “mais importantes”, de acordo com o rei.
America ainda está descontente com o sistema das castas e o modo como as pessoas da Seis, Sete e Oito vivem – têm de sobreviver às condições sub-humanas e à exclusão do restante da sociedade. E essa nova forma de governo talvez seja o motivo desses ataques. Por que não acabar com tudo e viver uma vida pacífica? Ambos os lados se beneficiariam com isso... mas o rei não está nem aí para os pobres e para quem não faz parte da família real. Ele em primeiro lugar. O palácio em segundo lugar. Riquezas em terceiro lugar. Aparentemente, essas são as coisas mais importantes para ele. Ter nascido filho de um Sete ou Oito é pura falta de sorte e não lhe diz respeito, logo, esses não são problemas com os quais ele tem de lidar. Mesmo assim, uma das Selecionadas está disposta a enfrentá-lo, e sua identidade já não é segredo para mais ninguém – pelo menos não para quem já leu os dois primeiros livros da trilogia.
Agora, alguns obstáculos de America Singer já ficaram para trás – 31 garotas foram embora, ela está quase certa de que não ama mais Aspen e Maxon já se rendeu ao seu charme. No entanto, como sua vida é feita de complicações – diferentemente da nossa, que é feita de escolhas – uma Selecionada em especial ainda tem potencial para tirá-la da competição e fazê-la voltar para casa sem a coroa que ela tanto despreza. Kriss assumiu um lugar de destaque no palácio, o bastante para ser a Escolhida. Tudo o que resta a America é lutar por Maxon com todas as suas armas, na esperança de recuperar o tempo perdido. Afinal, sua chance de se tornar princesa foi desperdiçada pela própria lá nos primeiros dias da competição, quando ela decidiu ser apenas amiga do príncipe e não ter qualquer outro tipo de relação com ele. O arrependimento já está começando a surgir, e tanto ela quanto sua família esperam que já não seja tarde demais. Às vezes, algumas escolhas não podem ser desfeitas. E ela espera que esta não seja uma delas. 



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