O Último Olimpiano, de Rick Riordan

O Último Olimpiano (Percy Jackson e Os Olimpianos #5) – Rick Riordan

Editora: Intrínseca

Ano de lançamento: EUA: 2009 – BRA: 2010

Título original: The Last Olympian

Número de páginas: 384

Outros livros da série: → O Ladrão deRaios; → O Mar de Monstros; → A Maldição do Titã; → A Batalha do Labirinto; → O Último Olimpiano

Aviso: esta resenha contém spoilers dos livros anteriores

A missão no Labirinto de Dédalo foi um sucesso – só para variar. Os campistas do Acampamento Meio-Sangue conseguiram pôr o exército de Cronos para correr, com uma pequena ajudinha de um sátiro não muito autoconfiante, e Rachel Elizabeth Dare – Rachel Dare ou só R. Elizabeth mesmo, para encurtar esse nome grande – foi de fundamental importância servindo como guia dos nossos heróis no mundo subterrâneo. Uma mortal que pode ver através da Névoa... e que ainda desempenhará um papel bem mais importante no último livro da série, O Último Olimpiano.

Depois de tantas aventuras, tantas mortes, felicidades, risos e lágrimas derramadas, eis que chega ao fim mais uma saga maravilhosamente... maravilhosa. Ainda é possível lembrar-se do Percy de doze anos saindo para uma viagem escolar e descobrindo que sua professora de álgebra não é humana. Ou sua primeira visão das Parcas cortando a linha da vida. Até mesmo dos apelidos nada amigáveis que seu padrasto, Gabe, recebia. Como não lembrar de Gabe Cheiroso? Ou do banho de água da privada que Percy involuntariamente deu em Clarisse, quando ele era recém-chegado ao Acampamento e ainda tinha dúvidas sobre a lucidez das pessoas de lá? Pois é, mas agora o garotinho cresceu e já está se tornando um rapaz – isso soa como uma mãe falando? – e o período de calouro ficou no passado. Perseu Jackson é veterano agora.

Dessa vez, a grande batalha – a maior de todas, caso tenha restado alguma dúvida – aconteces nas ruas barulhentas e iluminadas de Manhattan. Poderíamos querer cenário melhor para uma batalha inesquecível? Manhattan já é inesquecível. Tudo bem que eu nunca estive lá para saber, mas certas coisas você sabe de antemão. Você não precisa, por exemplo, pular do 600º - eu não sei ler isso – andar do Empire States para saber que é uma má ideia. Da mesma forma, você não precisa visitar New York pessoalmente para saber que lá é uma maravilha – um verdadeiro manjar dos deuses.

Nessa luta, os deuses não poderão estar presentes. Acontece que Tifão, o grande e temido titã que quase derrotou os deuses nos mitos antigos, está dando uma voltinha pelos Estados Unidos e destruindo tudo por onde passa. Pobres mortais – nós, é claro –, que acham que tudo é uma grande tempestade. Não sabem nem o que realmente acontece no seu mundo, e ainda querem explorar outros, mandando sondas para tudo quanto é planeta, incluindo Marte. Porque eu escrevi isso? Não sei. Mas vamos voltar ao enredo: onde foi que parei mesmo? Ah, sim. Tifão está aproximando-se cada vez mais de New York e seu plano e de Cronos é destruir o Olimpo, que representa a força dos deuses. Sem ele, todos da mitologia grega que ficaram do seu lado serão extintos – dessa vez, para sempre.

O que resta aos campistas semideuses é lutar, mesmo que as chances de vencer sejam mínimas. Quero dizer, são simplesmente poucos meio-sangues para o exército maléfico do Senhor do Tempo. No entanto, o plano de Nico de Angelo, apesar de extremamente perigoso, oferece esperanças, considerando que... bem, não posso falar mais nada quanto a isso. Mas é algo empolgante e bem ao estilo do Rick Riordan.

A profecia do semideus filho de um dos Três Grandes está prestes a ser cumprida. Falta pouco mais de uma semana para o 16º aniversário de Percy Jackson e, ainda assim, ele não faz ideia da escolha que terá de tomar – e como ela poderá afetar todos os deuses. À medida que os dias passam, revelações sobre o passado de vários personagens são feitas. É como uma torrente eletrizante de informações bombásticas que parece não ter fim, até que o último suspiro de um herói é ouvido. Um volume que fecha com chave de ouro a série e o que estava faltando para eu me render de vez aos encantos dos meios-sangues. Como está escrito na capa: “impossível de largar”.