Editora: Novo Conceito
Ano de lançamento: EUA: 2009 – BRA: 2010
Título original: The Last Song
Número de páginas: 400
Uma história ao
mesmo tempo comovente e esperançosa, que busca tratar o amor sob várias
perspectivas diferentes. Não apenas o de homem e mulher, mas o amor-próprio, o
amor de pais e filhos, de irmãos, de família em geral, eu diria. A Última Música narra todas essas
formas de amor, e como eles podem machucar aqueles que mais amamos. Às vezes,
nem sempre amar é o bastante. Algumas coisas precisam de algo além de amor,
seja ele de qualquer tipo. E essa é uma – apenas uma, que fique bem claro – das
várias sensações que o livro transmite no intervalo em que o lemos.
O amor...
Ele é o
responsável por mudar tanto a vida de Verônica Miller – Ronnie, na verdade.
Quem poderia imaginar que um verão forçado na casa do pai que odeia poderia
mudá-la tanto assim? Mas não dá para saber dessas coisas, não dá para prevê-las
quando vão acontecer, e talvez essa seja a graça delas. Surpresa. Esse deve ser
um dos motivos pelos quais algumas mudanças são tão boas. Mas não, definitivamente não é isso que Ronnie
acha. Ela preferia ficar em Nova York, a cidade tão amada por todos, a ir
passar três meses na espelunca do pai, na Carolina do Norte. A casa dele nem
pode ser chamada de casa, a menos que o adjetivo “semiabandonada” esteja na
mesma frase. Mas não há como fugir, ela terá de ficar hospedada lá. Última
palavra da mãe.
Três anos atrás,
seus pais se divorciaram. Steve, que era pianista na época – ele é ex-pianista
agora – estava em uma turnê pelo país e simplesmente não voltou para casa,
abandonando a esposa e os dois filhos. Isso irritou profundamente sua filha
mais velha, Ronnie, que desde então tornou-se rebelde. Arranjou amigos não
muito convencionais, com piercings por todas as partes do corpo e tatuagens em lugares
que você nem imagina que se pode fazer tatuagens. Para se ter uma ideia, ela
saía até com um cara que, além de tudo o que já foi mencionado antes, tinha o
cabelo tingido de azul. Como já mencionei antes: não muito convencional.
Mas o Steve não
é o único que enfrenta a raiva da adolescente; sua mãe também. Foram muitas
noites em claro esperando pela volta da filha, que saía sem dizer para onde ia.
Balada? Barzinho? Casa dos amigos? Pub? Podia ser qualquer lugar, pois o mundo
todo está em Nova York. Ela até que tentava controlar a filha, mas Ronnie não
se deixava ser domada. Pela péssima influência dos amigos, acabou roubando uma
loja na cidade e pega pela polícia. Ela precisa de uma dose de realidade...
Na praia de
Wrightville, já passando o verão com seu irmão menor na casa do pai, Ronnie
conhece e se apaixona por Will Blakelee, um cara bastante popular por ali. Muitas
garotas já ficaram com ele e praticamente toda a cidade o conhece. Os primeiros
momentos juntos são embaraçosos, depois passam a ser maravilhosos, mas, à
medida que o tempo passa, os problemas vão surgindo. Alguns podem ser
facilmente superados, mas outros não.
Enquanto se
relaciona com Will, Ronnie experimenta de sensações jamais sentidas antes. É a
primeira vez que se apaixona pra valer,
e logo descobre os dois lados do amor. As duas facetas que ele apresenta e que
não são tão visíveis no início.
Além do
relacionamento com um dos caras mais populares da remota cidade, Ronnie também
se relaciona com o pai. Quer dizer, ele
tenta se relacionar com ela, mas é cortado sempre que tenta falar algo que vá
contra seus ideais. Seu ódio por ele é imenso, e talvez jamais os dois voltem a
agir como pai e filha. Mas calma, o verão está só começando! Muitas
reviravoltas ainda podem acontecer na história, mudando o curso dos personagens
e causando encontros e desencontros emocionantes.
De maneira
tocante, Nicholas Sparks conta mais
uma história de amor onde nem tudo é o que parece ser. Como já é do seu feitio,
vários segredos são revelados durante a obra e o final é de certa forma
surpreendente. E, como não poderia deixar de ser, ele nos aspira para dentro do
livro, fazendo-nos sentir sob o sol escaldante enquanto os personagens dão uma
caminhada pela praia. Assim como eles, dá para sentir a areia fina sob nossos
pés e uma brisa leve de verão, que carrega com si a leveza dessa estação.
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